segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



Bem-te-vi 
Nome científico: Pitangus sulphuratus
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Tyranni
Família: Tyrannidae
Subfamília: Tyranninae
Distribuição: América do Sul, América Central e América do Norte.
Habitat: Campos e cidades
Nome comum: Bem-te-vi


Os bem-te-vis apresentam asas regulares, arredondadas e cauda alongada. As pernas são pequenas e os dedos possuem unhas fortes e alongadas. Mede 25 centímetros, coloração parda no dorso e amarelada no ventre, sobrancelha branca e uma listra no alto da coroa que vai do amarelo claro ao laranja vivo.
bem-te-vi come de tudo desde frutas e flores até insetos e ovos de passarinhos.
O nome deste pássaro é originário do seu canto que emite um som curioso semelhante a pronúncia das palavras ‘bem te vi’. É uma das aves mais populares do Brasil. 

CANTO
Um filhote começando a amarelar. O seu canto trissilábico característico enuncia as sílabas BEM-te-VI, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopéica. Seu canto pode ser também dissilábico, emitindo um BI-HÍA ou ainda monossilábico, quando escutamos um TCHÍA.
Os cantos têm sonoridades diferentes consoante o local. É uma das razões de serem utilizados vários nomes comuns para esta espécie.
Utilizar motor de busca para localizar ficheiros de som com o canto do bem-te-vi aqui.


Canto:  DOWNLOAD
REPRODUÇÃO
Bem-te-vi enfrentando um gavião.Constrói o ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios. Seu ninho tem uma forma de esfera com a entrada na parte superior, medindo cerca de 25 cm de diâmetro, geralmente é construído no topo de árvores altas, na forquilha de um galho, mas é muito comum também vê-lo nas cavidades dos geradores de postes, podendo ficar entre 3 e 12 m do solo. Põe cerca de quatro ovos brancos e alongados. Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.
São aves monogâmicas e quando da nidificação o território circundante ao ninho é defendido vigorosamente, podendo vir a ser agressivo com outros pássaros e até mesmo outros animais ao se sentir ameaçado. Por esta razão que faz parte da família dos tiranídeos (de tirano). É comum vê-los dando rasantes em aves de rapina (principalmente gaviões) que entram no seu território.


ALIMENTAÇÃO
Um bem-te-vi tomando água.Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros passarinhos, flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e eqüinos. Atrapalha a apicultura por ser predador de abelhas. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo. Atacam também ninhos de outras aves, como a cambacica.
Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes poderá ajudar a controlar pragas de insectos, como por exemplo, sabe-se que esta ave se alimenta de répteis do género Anolis. Estes répteis, por sua vez, alimentam-se de escaravelhos predadores de insectos. A ave, ao fazer diminuir o número de répteis, fará com que sobrevivam mais escaravelhos, que aumentando o seu número, poderão controlar (diminuir) o número das suas presas (neste caso, insectos, que poderão em certas circunstâncias serem consideradas pragas, prejudicando as actividades humanas).




Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis)


gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis) é uma espécie de ave da família Laridae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: ArgentinaBrasilChileFalkland IslandsParaguaiSouth Georgia e the South Sandwich IslandsUruguai.
Os seus habitats naturais são: pântanoslagos de água doce, sapais e pastagens.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Martim Pescador

Muito comum em margens dos rios, o martim-pescador permanece à espera de que lhe passem a seu alcance os pequenos peixes que captura em mergulhos certeiros, com o bico pontiagudo.
Martim-pescador é uma ave da família dos alcedinídeos que ocorre do México à Terra do Fogo. Além de peixes, come insetos como abelhas, vespas e formigas aladas. Vive aos casais, revezando-se o macho e a fêmea na escavação de tortuosas galerias, de um metro de extensão, nos barrancos dos rios, onde nidificam. Seus dedos dianteiros, unidos na base, prestam-se à perfeição para isso. A fêmea põe de dois a quatro ovos. O tempo médio de incubação, apurado no caso do martim-pescador-pequeno, é de 22 dias.
O martim-pescador-grande (Ceryle ou Megaceryle torquata) mede 42cm e às vezes apresenta matizes encarnados. O martim-pescador-verde ou ariramba-verde (Chloroceryle amazona), de 29,5cm, tem as partes superiores verde-metálicas e as inferiores brancas (amareladas na fêmea).
Semelhante nas cores é a espécie mais comum, o martim-pescador-pequeno (C. americana), de 19cm, de um verde mais escuro nas partes superiores, em contraste com uma faixa branca e sedosa que liga a base do bico à nuca. O martim-pescador-da-mata ou martim-pescador-pintado (C. inda), de 22cm, vive em áreas recolhidas, à beira de córregos em matas fechadas: tem as partes inferiores cor de ferrugem, a fêmea com uma faixa peitoral mesclada de branco e preto. O martim-pescador-anão ou arirambinha (C. aenea), de 12,5cm, é uma miniatura do martim-pescador-da-mata, mas com o centro da barriga branco.


ESPÉCIES QUE OCORREM NO BRASIL

  • Martim-pescador-grande, matraca
  • Martim-pescador-verde
  • Chloroceryle americana
  • Martin-pescador-pequeno
  • Martin-pescador-da-mata
  • Kingfisher
  • Martim-pescador-anão 
  • Ararimbinha ou Bico de agulha





Martim-pescador-grande (Ceryle torquata








martim-pescador-grande (Ceryle torquata) é uma espécie de martim-pescador natural da região do México até a chamada Terra do Fogo, no extremo sul da América. Tais aves chegam a medir até 42 centímetros de comprimento, possuindo a cabeça e dorso cinza-azulados, nuca e garganta brancas, partes inferiores castanhas. Também são conhecidas pelos nomes de ariramba-grandecaracaxácracaxámartim-cachámartim-cachaçamartim-grande e matraca.




Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona)













Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona) é uma espécie de martim-pescador presente do México à Argentina. Tais aves medem cerca de 29,5 cm de comprimento e se alimentam de peixes e invertebrads aquáticos. Por vezes vezes defecam na água para atrair peixes, que são pescados num mergulho rápido e direto, bantendo-os contra galhos para atordoá-los antes de engolir. O casal constrói o ninho em barrancos no rio, escavando um buraco profundo, onde a femêa põe até 4 ovos, chocados por ambos. Os filhotes nascem após 22 dias, e são alimentados com peixinhos. Também são chamados de ariramba-verde e martim-gravata.



Chloroceryle 


Chloroceryle é o género de aves coraciiformes da família Cerylidae que compreende quatro espécies de martim-pescador ou guarda-rios. Eles são típicos da América Latina, sendo que apenas uma espécies ocorre nos Estados Unidos, nos sul do Texas.
Essas aves constroem seus ninhos em forma de um túnel horizontal em florestas ou manguezais.
bico longo e a cauda curta são características das aves do género Chloroceryle, assim como de todos os outros cerilídeos. Os quatro possuem as partes de cima verde. C. aenea e C. inda possuem as partes de baixo marrons, enquanto C. amazona e C. americana possuem-nas brancas, sendo que apenas os machos possuem o peito marrom.
Eles se alimentam de crustáceos e peixes, apesar de C. aenea também se alimentar de insetos capturados em vôo.



Martin-pescador-pequeno  (Chloroceryle americana)



Martim-pescador-pequeno (Chloroceryle americana) é uma espécie de martim-pescador presente desde o estado do Texas e do Méxicoaté o Brasil e Argentina. Tais aves chegam a medir até 19 cm de comprimento, com plumagem verde com fita nucal, garganta e partes inferiores brancas e peito ferrugíneo. Também são conhecidas pelo nome de ariramba-pequena.


Martim-pescador-da-mata (Chloroceryle inda)


Martim-pescador-da-mata (Chloroceryle inda) é uma espécie de martim-pescador presente na região da Nicarágua até a Bolívia. Tais aves chegam a medir até 22 cm de comprimento, com o dorso verde-escuro com as partes inferiores ferrugíneas. Também são conhecidas pelos nomes de ariramba-pintada e martim-pescador-pintado.


Martim-pescador-anão (Chloroceryle aenea)














Martim-pescador-anão (Chloroceryle aenea) é uma ave coraciiforme da família dos cerilídeos que habita do México à Bolívia, bem como oBrasil. Tais aves medem cerca de 12,5 cm de comprimento, com as partes superiores verdes e inferiores ferrugíneas e branco no centro da barriga. Também são conhecidas pelos nomes de arirambinhaariramba-miudinhaariramba-miudinho.


Arirambinha



Arirambinha Bico de Agulha (Rufus Tailed Jacamar) É encontrado na beira de rios e baías pousado em galhos e cipós expostos entre 1 e 4 metros de altura do chão. Utiliza sempre os mesmos poleiros como locais de espreita das presas e locais de alimentação. São territorialistas e após localizados uma vez é fácil encontrá-los novamente (respondem muito bem ao playback). Quando caçam esperam empoleirados em um galho e quando um inseto passa voando o agarra e, utilizando seu longo bico fino, bate contra o poleiro retirando as asas e a carapaça de sua presa. Se alimentam de libéluas, abelhas, borboletas e mariposas. O macho possui garganta branca enquanto a fêmea tem uma garganta parda.



Bico-de-agulha-de-rabo-vermelho




Ariramba ou bico-de-agulha-de-rabo-vermelho (Galbula ruficauda) é uma ave galbuliforme (anteriormente piciforme) da família dosgalbulídeos nativa da região do México até a Bolívia e Argentina. Tais aves chegam a medir até 22 cm de comprimento, possuindo um bico fino e longo, com o dorso e peito de coloração verde-metálica. Também são conhecidas pelos nomes de ariramba-da-mata-virgem, ariramba-de-cauda-ruiva, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata, beija-flor-grande, bico-de-sovela, cavadeira-verde, jacamacira, jacamarici e sovelão.





















Coruja - Buraqueira 







Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Strigiformes
Família: Strigidae
Gênero: Speotyto
Espécie: Speotyto cunicularia 








Popularmente conhecida como coruja-buraqueira, a Athene cunicularia é uma ave de rapina de pequeno porte, que habita desde o território do Canadá (América do Norte) até a Terra do Fogo (extremo sul da América do Sul). São encontradas por todo o Brasil, a exceção da bacia Amazônica. Esta coruja tem o nome de “buraqueira” porque vive em buracos, ou tocas, abandonados por outros animais, como tatus. Se necessário, ela mesmo cava um buraco, mas prefere se apossar de buracos abandonados. 


A coruja-buraqueira tem a cabeça redonda e pernas longas. Mede aproximadamente 23 centímetros, sendo o macho maior que a fêmea. Geralmente, sua plumagem é amarelada – sendo que as fêmeas comumente são mais escuras que o macho – suas sobrancelhas são brancas e seus grandes olhossão amarelos.






A visão da coruja-buraqueira é binocular, ou seja, a coruja enxerga um objeto com os dois olhos ao mesmo tempo, o que permite que sua visão seja três dimensões. A visão da coruja-buraqueira é cem vezes mais aguçada que a do homem. Além disso, a coruja possui uma audição potente e a capacidade de girar o pescoço em um ângulo de até 270º. Com esses sentidos aguçados, a coruja-buraqueira é uma excelente caçadora.




Insetos, pequenos roedores, cobras e até pequenos pássaros são a base da alimentação das corujas-buraqueiras. Embora possa caçar à qualquer hora do dia, prefere o entardecer e o amanhecer, ou seja, o crepúsculo.


                                                                                                               
                                                                     





































Os meses de março e abril são o período de reprodução da coruja-buraqueira. Nessa época, o casal se reveza no preparo do ninho, aperfeiçoando o buraco abandonado por outro animal. As corujas cavam com os pés e os bicos, alargando e aprofundando horizontalmente o buraco inicial. Geralmente o ninho tem entre 30 e 60 centímetros de largura e chegam a medir até 3 metros de comprimento. Por fim, o fundo do ninho é coberto com capim seco.








A fêmea bota entre 6 e 12 ovos, e os choca por 28 dias. O macho é responsável por proteger o ninho e procura alimento para a fêmea e para os filhotes até estes abandonarem o ninho. Por volta de 14 dias após o nascimento, os filhotes já se aventuram na saída do buraco, onde ficam empoleirados esperando o alimento trazido pelos pais. Apenas depois de 44 dias, os filhotes abandonam o ninho. Começam a caçar insetos em seguida, com aproximadamente 50 dias, estando aptos para viverem sozinhos após 60 dias. As aves de rapina maiores e o homem são os únicos predadores da coruja-buraqueira, que chega a viver mais de 25 anos em seu habitat natural.